28 de jun. de 2009


Histórias de uma rua e um bairro

Dois livros oferecem ao leitor a oportunidade conhecer e pensar sobre aspectos e comportamentos marcantes da vida de Porto Alegre.

Rua da Praia, de Nilo Ruschel e Moinhos de Vento - Histórias de um bairro de Porto Alegre, de Carlos Augusto Bisson, constituem o resultado de pesquisas sobre acontecimentos que são parte importante da história da cidade: a Rua da Praia e o bairro Moinhos de Vento.
Os autores mergulham na história de Porto Alegre, traçando um retrato dos costumes, da vida intelectual e política, conhecimento que contribui para a compreensão do que somos hoje, como cidade e sociedade.

Rua da Praia
Autor: Nilo Ruschel, editora da Cidade e Instituto Estadual do Livro224 páginas (reedição, série: Porto Alegre Revisitada)



Moinhos de Vento - Histórias de um Bairro de Porto Alegre
Autor: Carlos Augusto Bisson
Editora da Cidade e Instituto Estadual do Livro248 páginas
Patrocínio da construtora Goldsztein.

18 de mai. de 2009

Novo Centro I

Fernando Albrecht
Jornal do Comércio 18.05.2009

Com a ordem de serviço assinada, dentro de alguns dias começam as obras de restauração da parte mais central de Porto Alegre - o entorno da Praça da Alfândega e do eixo da avenida Sepúlveda. A recuperação começa pelo pórtico central do Cais do Porto e avança pela alameda da Sepúlveda, onde haverá a remoção do asfalto e a revalorização dos paralelepípedos de granito que foram cobertos pela pavimentação.


Novo Centro II


Toda essa primeira parte da recuperação será feita antes da Feira do Livro. Depois, serão recuperados os canteiros e replantadas palmeiras dentro da Praça da Alfândega, fazendo com que ela volte a ter o mesmo aspecto de quando foi inaugurada, com calçamento de pedras portuguesas formando um desenho ondulado. Fora desse eixo, mas ainda no Centro Histórico, na Praça XV de Novembro, também haverá a recuperação das vias, com licitação já publicada.

3 de mai. de 2009


Um inspirado consórcio divulga a gravura

Está começando mais uma edição do Projeto Consórcio de Gravuras 2009, “Incentive a Cultura e faça um grande investimento", iniciativa do Museu do Trabalho de Porto Alegre. O consórcio vai distribuir neste ano nove gravuras entre os associados e igual número através de sorteio. O projeto é uma maneira criativa e prática encontrada por artistas para divulgar sua arte, facilitando e democratizando seu acesso.


Informações: telefone 51.3227.5196 ou, diretamente, na sede do Museu do Trabalho, na Rua da Praia, 230, em Porto Alegre. De terça a sábado das 13h30 às 18h30; e, domingos e feriados, das 14h00 às 19h00.
Pela internet, o contato é através do e-mail museu@museudotrabalho.org
ou pelo site http://www.museudotrabalho.blogspot.com/
Fotos estão disponíveis no endereço:

Exposições em cartaz no Museu do Trabalho:

Talita Hoffmann- Primeira individual da artista que venceu a2ª edição da A Novíssima Geração. Desenhos - 14 de abril a 31de maio

Gabriel Netto - Desenhos9 de junho a 19 de julhoCorrendo o Risco IIIMostra coletiva de desenhos, com curadoria de Gelson Radaelli.6 de agosto a 13 de setembro
____Obs.: a foto é do Blog do Museu do Trabalho, na Rua da Praia, em Porto Alegre.

26 de abr. de 2009


ROTEIRO DE UMA PAIXÃO

"Porto Alegre Porto Alegre
alegria
prá nós que precisamos
nós que somos mais tristes
que alegres
e vivemos esse tempo
essa morte
esse pássaro de febre"

A Porto Alegre de Luiz de Miranda se esgarça em tempos e temperaturas várias. É o que pode ser constatado no poema-livro "Porto Alegre - Roteiro da Paixão", publicado em 1985 pela LPM e, hoje, só encontrável em sebos e afins. Neste raro canto de amor a uma cidade trafegam pessoas, sonhos, anseios e frustrações. Nele, o poeta uguaianense expõe seus sentimentos domésticos antes que eles se esgarcem também em tempos e temperaturas várias.

"Subo a Salgado Filho
sem acender nenhum alarme
na carne
apenas os olhos conspiram
sem nada definir
sem nada incendiar
nenhum pedaço de mim
com os mesmos sapatos de borracha
a calça de brim
a camisa
colados no corpo
sem esperança (...)"


"Quanta vida
desfocada
desnutrida
em meio às alfaces suburbanas
e o barro de fezes no quintal
viajam aqui
ao lado de mim
neste ônibus da Vila Safira
e desliza dela, a vida
a pulsar anônima a distância(...)"

*Esse texto foi enviado por Timoteo Lopes, do Rio de Janeiro, colaborador do blog.


22 de abr. de 2009

Da coluna do Fernando Albrecht, “Começo de Conversa”, do Jornal do Comércio:

Curiosidades

22.04.2009

As cuecas do Marimbondo

“...desandou a gritar o nome da jornalista a plenos pulmões”

Saíram ou estão saindo dois livros sobre figuras populares do Centro de Porto Alegre (ver nas Notas de ontem), o que é muito bom. Mas nem todas as figuras constam neles. O popular Marimbondo é um deles.

Nos anos 60, ele era uma espécie de clown de uma turma de riquinhos que fazia ponto na Rua da Praia, em frente à Praça da Alfândega. Um episódio já contado aqui deu-se quando uma colunista do antigo Correio do Povo irritou-se com os gracejos da turma. Ela morava no edifício do Clube do Comércio e estava indo para a redação.

No dia seguinte, sua coluna tinha fortes críticas aos rapazes, inclusive com direito a retrato falado de alguns deles. A rapaziada vingou-se de forma exemplar usando o Marimba. Na saída da sessão das 22 horas dos cinemas Imperial e Guarani, quando saíam magotes de gente, devidamente instruído o Marimbondo plantou-se embaixo do prédio e olhando para cima, desandou a gritar o nome da jornalista a plenos pulmões, mais frases que escandalizaram os espectadores, porque dirigidas a uma solteirona que se supunha uma santa.

- As cuecas, me devolve pelo menos as cuecas, já que não me queres mais!

Havia outras figuras, como o Xerife (não o da Feira do Livro, o La Porta). Tinha um mau humor permanente e desancava todos que não lhe davam algum trocado. Morreu ao cair do bonde Duque, bem em frente do prédio da Caldas Júnior. Outro personagem era o Repolho. Seu apelido foi maldade pura: magrinho e pequeno, tinha uma hérnia volumosa abaixo da cintura. Quebrava galhos tipo pagar contas ou levar recados.

Toda a cidade, grande ou pequena, tem seus tipos populares. Geralmente o primeirão é o borracho, o tipo que de cara limpa é uma moça e bêbado é um desastre. Como o Cabeleira, em Montenegro. Mas essa já é outra história.

15 de abr. de 2009

Personagens do imaginário popular de Porto Alegre

Personagens que ao longo do tempo povoam com suas histórias o imaginário popular da cidade, por vivenciarem episódios quase sempre pitorescos, às vezes dramáticos ou cômicos, mas todos sempre curiosos e inusitados, foram reunidos num documentário que será lançado dia 23 de abril no Sindicato dos Bancários. O Projeto Personagens do Centro de Porto Alegre inclui ainda uma revista e um jogo educativo que serão distribuídos em escolas públicas.

14 de abr. de 2009

Um PAC para os Centros Históricos

O governo federal, através do Ministério da Cultura, estuda um meio de abrigar sob o generoso guarda-chuva do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) as 124 cidades históricas catalogadas no Brasil e reunidas na Associação Brasileira das Cidades Históricas. Porto Alegre e outros municípios poderiam tentar incluir seus Centros Históricos nessa proposta e assim garantir recursos para viablização de políticas públicas para a conservação e difusão de seus patrimônios urbanísticos e culturais.