Porto Alegre revisa lei sobre normas de convivência
Código de Posturas pode ser concluído no primeiro semestre
Código de Posturas pode ser concluído no primeiro semestre
JORNAL DO COMÉRCIO
Marina Schmidt - 28/02/2013
Considerado obsoleto pelo vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB), o Código de Posturas de Porto Alegre, vigente na cidade desde março de 1975, passa por revisão, trabalho que envolve um grupo composto por representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e que contará com a participação da sociedade civil. Distante da atual realidade porto-alegrense há quase 40 anos, o código, ressaltou Melo, era moderno para a época, mas ainda carrega um caráter muito “policialesco”, termo que o vice-prefeito repetiu seguidas vezes, demonstrando a intenção de fazer com que a nova legislação represente os atuais anseios da população, fazendo com que o caráter fiscalizatório e punitivo dê lugar a regras de convívio adotadas pelos cidadãos.
A reunião preliminar do grupo ocorreu na manhã de ontem, quando foram levantados os primeiros pontos de discussão. Há dez dias, em visita à Câmara Municipal, Melo havia elencado a mudança no Código de Postura como uma prioridade, dizendo que pretendia “reformatar” o documento em 90 dias. Ontem, esse prazo voltou a ser defendido pelo vice-prefeito, embora haja discordância sobre o período de elaboração da nova lei. “Eu espero que até o final de junho a proposta esteja protocolada na Câmara, para análise durante o segundo semestre e posterior votação, no fim do ano, no máximo, no começo de 2014”, defendeu.
O tema discutido não é novo. O próprio vice-prefeito presidiu a comissão especial que estudou o código no Legislativo e que gerou o relatório que serve de base para os atuais trabalhos do grupo. “Precisamos de mais tempo”, argumentou a assessora da Câmara Municipal Rosimeri da Silva Chaves, que participou dos debates do ano passado. Ela sugere que o projeto seja encaminhado ao Legislativo apenas no início do próximo ano. Ainda segundo a assessora, é preciso discutir conceitos, encaixar propostas oriundas de painéis temáticos já realizados e promover a distinção entre leis que possam se sobrepor. Como exemplo, ela citou a questão ambiental, que pode ser tratada em legislação específica.
“O código de convivência detalha posturas do cidadão em relação ao município e do município em relação ao cidadão, mas também define posturas entre os próprios cidadãos”, detalhou o vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB). Para ele, algumas leis são adotadas pela sociedade, como a legislação antifumo e a intenção é fazer com que o novo código, que já tem um nome proposto - Código de Convivência Democrática - também passe a fazer parte do cotidiano das pessoas. Para isso, ressaltaram os integrantes do grupo, é necessário criar mecanismos de comunicação e educação, levando o tema às diversas esferas da sociedade.
O vice-prefeito pediu sugestões de pessoas que seriam indispensáveis para os debates, porém, lembrando a importância de dar celeridade ao processo, construindo um grupo restrito e eficiente, mas que seja capaz de absorver as demandas civis.
Pouco mais de 20 pessoas participaram da reunião de ontem, entre elas, os vereadores Lourdes Sprenger (PMDB) e Marcelo Sgarbossa (PT), indicados pela Câmara Municipal. Lourdes reafirmou a importância da participação da sociedade civil organizada. “Que sejam feitas plenárias e apresentadas as posições desses grupos e entidades”, argumentou. Sgarbossa afirmou que a interlocução do Legislativo é um dos caminhos para participação social. “O nosso papel é fazer essa ponte, além da Câmara, com a sociedade”, mencionou.
A equipe de trabalho será consolidada nos próximos dias e deve se reunir novamente antes da próxima sexta-feira, quando o prefeito José Fortunati (PDT) oficializará o grupo de trabalho, com a presença da sociedade civil organizada, às 10h, ainda sem local definido.
A reunião preliminar do grupo ocorreu na manhã de ontem, quando foram levantados os primeiros pontos de discussão. Há dez dias, em visita à Câmara Municipal, Melo havia elencado a mudança no Código de Postura como uma prioridade, dizendo que pretendia “reformatar” o documento em 90 dias. Ontem, esse prazo voltou a ser defendido pelo vice-prefeito, embora haja discordância sobre o período de elaboração da nova lei. “Eu espero que até o final de junho a proposta esteja protocolada na Câmara, para análise durante o segundo semestre e posterior votação, no fim do ano, no máximo, no começo de 2014”, defendeu.
O tema discutido não é novo. O próprio vice-prefeito presidiu a comissão especial que estudou o código no Legislativo e que gerou o relatório que serve de base para os atuais trabalhos do grupo. “Precisamos de mais tempo”, argumentou a assessora da Câmara Municipal Rosimeri da Silva Chaves, que participou dos debates do ano passado. Ela sugere que o projeto seja encaminhado ao Legislativo apenas no início do próximo ano. Ainda segundo a assessora, é preciso discutir conceitos, encaixar propostas oriundas de painéis temáticos já realizados e promover a distinção entre leis que possam se sobrepor. Como exemplo, ela citou a questão ambiental, que pode ser tratada em legislação específica.
Participação popular é considerada fundamental
A reunião sobre o novo Código de Posturas da Capital deu vazão à complexidade do tema. Entre os pontos de maior destaque, estão o envolvimento da sociedade civil, consenso entre todos os integrantes, e a comunicação com a população, para que o novo código, além de representar as características de convívio da cidade, seja assumido pelos munícipes.“O código de convivência detalha posturas do cidadão em relação ao município e do município em relação ao cidadão, mas também define posturas entre os próprios cidadãos”, detalhou o vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB). Para ele, algumas leis são adotadas pela sociedade, como a legislação antifumo e a intenção é fazer com que o novo código, que já tem um nome proposto - Código de Convivência Democrática - também passe a fazer parte do cotidiano das pessoas. Para isso, ressaltaram os integrantes do grupo, é necessário criar mecanismos de comunicação e educação, levando o tema às diversas esferas da sociedade.
O vice-prefeito pediu sugestões de pessoas que seriam indispensáveis para os debates, porém, lembrando a importância de dar celeridade ao processo, construindo um grupo restrito e eficiente, mas que seja capaz de absorver as demandas civis.
Pouco mais de 20 pessoas participaram da reunião de ontem, entre elas, os vereadores Lourdes Sprenger (PMDB) e Marcelo Sgarbossa (PT), indicados pela Câmara Municipal. Lourdes reafirmou a importância da participação da sociedade civil organizada. “Que sejam feitas plenárias e apresentadas as posições desses grupos e entidades”, argumentou. Sgarbossa afirmou que a interlocução do Legislativo é um dos caminhos para participação social. “O nosso papel é fazer essa ponte, além da Câmara, com a sociedade”, mencionou.
A equipe de trabalho será consolidada nos próximos dias e deve se reunir novamente antes da próxima sexta-feira, quando o prefeito José Fortunati (PDT) oficializará o grupo de trabalho, com a presença da sociedade civil organizada, às 10h, ainda sem local definido.