Recuperação do imóvel durou dois anos e revelou detalhes curiosos.
Prédio da antiga Academia do Comércio reabre nesta segunda-feira em Florianópolis
DIÁRIO CATARINENSE
20/12/2010
Jacqueline Iensen
Imóvel vai abrigar a Academia Catarinense de Letras e o Instituto Histórico e Geográfico
A Casa José Boiteux, antiga Academia do Comércio, em Florianópolis, reabre nesta segunda-feira depois de dois anos em obras de restauração. O prédio é tombado como patrimônio histórico pelo município e a recuperação, que custou R$ 2,5 milhões, foi custeada pelo governo do Estado.
O imóvel vai se transformar em centro cultural e abrigar a Academia Catarinense de Letras e o Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina. Construída entre os anos de 1921 e 1923, a edificação tem 26 salas e mescla estilos arquitetônicos.
Na portas, os lírios moldados no ferro têm inspiração art nouveau, as janelas seguem estilo português, a fachada tem linhas retas. A estrutura do prédio é equilibrada: foi construída no centro do terreno e uma coluna central, de três andares, divide duas alas iguais.
A pintura está na cor original, o piso de madeira, que era de canela, foi todo refeito e a parte em pedra substituída por mármore preto. Apenas alguns recortes do piso em preto e branco, recobertos por vidro, são a lembrança do passado.
O restaurador Walter Corrêa, que passou quatros anos trabalhando em Barcelona, conta que teve que brigar para manter a restauração o mais próximo possível do original.
— Quando descobri os afrescos, algumas autoridades acharam que eu havia descoberto um problema. Até me pediram para mexer nas bordas da pintura, mas eu os convenci do contrário.
As paredes chegam a ter 90 centímetros de largura. Na ala esquerda, onde ficará a Academia Catarinense de Letras, há um recorte na parede que revela um dos recursos usados na década de 1920 para erguer um prédio: tijolos assentados sobre os trilhos de trem.
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Nota do editor:
José Arthur Boiteux (Tijucas, 9 de dezembro de 1865[1]— Florianópolis, 17 de fevereiro de 1934[2]) foi um jornalista, historiador e advogado brasileiro, considerado o patrono do ensino superior em Santa Catarina.
Filho do tenente-coronel Henrique Carlos Boiteux e Maria Carolina Jaques Boiteux, era neto do comerciante suíço-francês Lucas Boiteux (Neuchâtel, 1798), que veio para o Brasil em 1825.[3]
José Arthur Boiteux foi um dos fundadores da Faculdade de Direito de Santa Catarina, em 11 de fevereiro de 1932, juntamente com Henrique Fontes, Othon da Gama Lobo d'Eça, Nereu Ramos, Alfredo von Trompowsky e Fúlvio Aducci[4].
Por sua iniciativa, foi criada, em 30 de outubro de 1920, a Sociedade Catarinense de Letras, que originou, em 1924, inspirada na Academia Brasileira de Letras, a Academia Catarinense de Letras.
Boiteux foi deputado estadual por Santa Catarina na 1ª legislatura (1894 — 1895), 2ª legislatura (1896 — 1897), 3ª legislatura (1898 — 1900) e na 9ª legislatura (1916 — 1918). Foi também sócio-correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo.
O município de José Boiteux é assim denominado em sua homenagem.
Filho do tenente-coronel Henrique Carlos Boiteux e Maria Carolina Jaques Boiteux, era neto do comerciante suíço-francês Lucas Boiteux (Neuchâtel, 1798), que veio para o Brasil em 1825.[3]
José Arthur Boiteux foi um dos fundadores da Faculdade de Direito de Santa Catarina, em 11 de fevereiro de 1932, juntamente com Henrique Fontes, Othon da Gama Lobo d'Eça, Nereu Ramos, Alfredo von Trompowsky e Fúlvio Aducci[4].
Por sua iniciativa, foi criada, em 30 de outubro de 1920, a Sociedade Catarinense de Letras, que originou, em 1924, inspirada na Academia Brasileira de Letras, a Academia Catarinense de Letras.
Boiteux foi deputado estadual por Santa Catarina na 1ª legislatura (1894 — 1895), 2ª legislatura (1896 — 1897), 3ª legislatura (1898 — 1900) e na 9ª legislatura (1916 — 1918). Foi também sócio-correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo.
O município de José Boiteux é assim denominado em sua homenagem.
Fonte: Wikipédia